Goleiro Negro? No Botafogo "vinga",sim.



“Goleiro negro não vinga.” Esta frase, amplamente repetida pela cultura popular do futebol, não pode ser utilizada em se tratando de Botafogo. O Glorioso tem em goleiros afrodescendentes marcos de sua história. Começou com Manga (aquele da frase clássica “Jogo contra o Flamengo é bicho certo”) que, para muitos, foi o maior goleiro da história do Botafogo e, hoje, está nas mãos de Jefferson.

Eu, infelizmente, não tive a oportunidade de vê-lo jogando, mas os outros goleiros negros de destaque, eu vi - e muito bem - e posso falar de cada um deles.

Sebastião Wagner de Souza e Silva, veio do Bangu para o Botafogo em 1993 e, neste seu primeiro ano, como reserva, foi Campeão da Copa Conmebol.
Wagner assumiu a titularidade no Carioca de 94, porém algumas falhas o fizeram a voltar para a reserva no Brasileiro daquele ano;
Até a final do Campeonato Brasileiro de 1995, era um goleiro contestado por quase toda a torcida alvinegra, pois era capaz de partidas brilhantes a falhas bisonhas. No entanto, naquele 17 de dezembro de 1995, ele fez a partida de sua vida e deu ao Glorioso seu segundo título nacional.
Wagner continuava com seus altos e baixos, salvando o Botafogo em vários jogos e falhando em outros. Para mim o auge de goleiro foi no ano de 1997, quando a imprensa Carioca em peso o pedia para a seleção Canarinho.
A campanha do titulo do Rio-SP de 98 e a classificação para a final da Copa do Brasil de 99, tiveram total participação dele.
A história de Wagner com a camisa alvinegra teve final no ano de 2001, após falhas decisivas na final do Torneio Rio-SP.

Depois de algumas temporadas apareceu um outro goleiro negro que fez a torcida alvinegra ficar tranqüila. Jefferson de Oliveira Galvão, teve começou no Botafogo quase da mesma forma que Wagner: veio para ser reserva de Max e assim foi em seu primeiro ano no time. Com o Botafogo, subiu para a série A, resgatando a dignidade do Glorioso.

Jefferson assumiu a posição de titular do Botafogo em 2004 e já teve sua primeira prova de fogo: Foi o principal responsável pela eliminação na Copa do Brasil daquele ano. Para um jovem de 21 anos, aquilo poderia ter sido o final de sua trajetória no clube, mas Jefferson não só se reergueu, como foi o principal responsável pelo Botafogo não cair para a Série B naquele ano.

Sua primeira passagem se encerrou em 2005, quando foi negociado com o futebol Turco.

O goleiro voltou ao clube em 2009. Finalmente o Glorioso respirou aliviado depois de diversos guarda-metas não conseguirem se firmar. Jefferson voltou para o gol botafoguense e. mais uma vez, salvou o time de um novo rebaixamento. Mas o melhor estaria por vir.
No ano de 2010 ele foi o responsável direto pelo título estadual do Botafogo depois de 3 vice-campeonatos consecutivos. E, neste mesmo ano, seu trabalho foi recompensado com a convocação para a Seleção Brasileira.

Resumindo: GOLEIRO NEGRO VINGA SIM! Se tiver dúvida, o mande para o Botafogo que, se tiver talento, vai ser aproveitado.

1 comentários:

Esse lance de goleiro negro não dar certo é resquício da Copa de 50, coitado do Barbosa. Infelizmente o brasileiro só não tem memória pra coisas boa.
abs
Dalmo

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