Visão Feminina do jogo - Botafogo x Paraná


Primeiro vamos às apresentações. Meu nome é Eduarda, tenho 17 primaveras completas e atualmente virei concurseira e aspirante a estudante de Direito (entenda-se uma vestibulanda em potencial). O futebol sempre foi uma coisa natural pra mim, com pai e irmãos mais velhos doentes, a paixão pelo Botafogo é quase uma consequência. Apesar disso, comentar tática e tecnicamente não é fácil, mas a gente está aqui pra tentar, não é mesmo?

Mas vamos ao que interessa, vamos falar de futebol.

Primeiramente, pra deixar claro que o primeiro tempo foi bom, com o Botafogo pressionando, mantendo a bola no ataque, porém com a zaga dispersa em vários lances. Mas aposto que quem viu o jogo, ficou feliz só de ver que foram escalados dois zagueiros e dois volantes para marcação. Sendo o início do comando de Caio Júnior, levando em conta o pouco tempo a frente da equipe, ele tem créditos e a torcida está confiante.

No início do primeiro tempo, o Botafogo mostrou-se ofensivo, apesar de não acertar na finalização. Mas aos 15 minutos, aproveitando escanteio de Everton, Antônio Carlos cabecea sozinho no canto à meia altura e surpreende goleiro, que teve a visão prejudicada, tamanha foi a quantidade de jogadores na área.

Como uma coisa que só acontece ao Botafogo, no minuto seguinte, em lance muito parecido, em lançamento oriundo de escanteio, o também zagueiro Rodrigo cabecea e marca para o Paraná.

Após o gol de empate do Paraná, a postura das duas equipes se tornou mais ofensiva, com maior movimentação do Paraná pelas laterais, já que Márcio Azevedo foi mal, errando passes e limitando-se a marcar. Alessandro, dessa vez, não foi muito mal, também se limitou a marcar, porém não chamou responsabilidade para si, como já é de praxe.

O ataque se movimentou bem, Herrera e Caio também ajudaram a marcar a saída de bola e conseguiram manter a bola no ataque, o que evitava contra ataques em demasia.

A criatividade do meio campo ficou por conta de Everton, pela esquerda e Somália (sim, o tão criticado, teve uma atuação boa), pela direita. Fazendo com que os dois volantes responsáveis pela marcação, Marcelo Mattos e Rodrigo Mancha, ficassem responsáveis efetivamente pela marcação no meio campo. Entretanto, Rodrigo Mancha não teve boa atuação, sendo substituído por Willian no intervalo.

O segundo tempo começa já com uma substituição, entra Willian no lugar de Rodrigo Mancha. A intenção de Caio Jr, ao meu ver, foi boa. Ele quis imprimir um pouco mais de consistência no ataque, mas apesar do gol, talvez o garoto não esteja totalmente pronto pra fazer parte da equipe principal.

Com chute de Somália, na entrada da área, o goleiro "bate roupa" e Willian converte. A tranquilidade, aparentemente tinha voltado, mas algumas coisas só acontecem mesmo com o Botafogo...

O juiz, que veio se omitindo em alguns lances no segundo tempo, usa a lei da compensação e expulsa Somália desnecessariamente, com um segundo cartão amarelo.

Com a substituição de Márcio Azevedo e a entrada de Fahel, em uma tentativa de não deixar o sistema defensivo tão exposto, o meio campo perde totalmente a sua criação, com a expulsão de Somália e com a mudança de Everton pra lateral esquerda.

Apesar da dificuldade de criação, o Botafogo se movimenta, levando perigo à área do Paraná, porém faltou mais calma, mais troca de passes próximo a área e boas finalizações.

Com um segundo tempo bem diferente do primeiro, com a lateral esquerda exposta, pois Everton tentava se dividir em criar e cubrir a "avenida" na esquerda, não conseguindo fazer bem nenhuma das funções, o Paraná teve grande parte de seu volume de jogo pelo seu lado direito do campo.

Caio Júnior resolve tirar Caio e colocar Cidinho, que teve pouco tempo pra mostrar a que veio, fica aqui a nossa torcida, com um bom fortalecimento muscular...não deixa de ser uma promessa. Falando em Caio, esse como sempre, movimenta-se muito, mas cai muito também, acaba se queimando pelo excesso de faltas cavadas, mas ainda há esperança, não teve uma atuação brilhante, mas longe de ter sido ruim. Aliás, acho que a torcida deveria se acostumar com a ideia de que o Caio não é um talismã, é apenas um jogador mediano, que as vezes se destaca.

A zaga, mesmo com uma atuação que ainda deixa a desejar, conseguiu segurar o placar de 2 x 1, contando com a deficiência técnica e a pouca experiência do adversário, que tinha uma baixa média de idade dos jogadores.

Esse jogo serviu, acima de tudo, pra me deixar nervosa e preocupada com uma série de coisas (ou jogadores, entenda como quiser). Por exemplo, por que o Fahel ainda está no elenco? Entra técnico, sai técnico e ele continua lá, firme e forte! Mesmo não sendo sempre titular, sempre que pode entra e atrapalha do seu jeito. Será que ninguém percebe que ele e mais alguns (Alessandro etc), definitivamente, não são jogadores dignos de vestir a camisa de um clube grande como o Botafogo? Até quando hein?

Então é isso...que me perdoem se falei besteiras, mas a minha visão do jogo foi essa. Terminei de ver o jogo com esperança de que seja o início de uma nova era, de um time ofensivo, que jogue realmente futebol e que não fique só nas jogadas aéreas, pois nem só de Loco Abreu deveria viver o Botafogo.

Agora cabe a nós, patrocinadores diários do Botafogo, irmos ao estádio, protestarmos a nossa maneira (pacificamente heein gente!) e um pouco de paciência com o novo técnico. Se quiserem me seguir no twitter, eu falo do Botafogo com frequência, @Duda_anebe, tchau e até a próxima.

1 comentários:

Porra
Ficou bonzão Duda.

Parabens

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